O juiz Guilherme Leite Roriz, da Vara Única do município de Colniza, Mato Grosso, decretou na audiência de custódia realizada na segunda-feira (24) a prisão preventiva do subtenente aposentado da Polícia Militar e diretor da Escola Militar Tiradentes daquele município, Elias Ribeiro da Silva, acusado de matar a tiros o jovem Claudemir Sá Ribeiro, na noite de domingo (23), em um bar da cidade.
O crime foi registrado por câmeras de segurança. Nas imagens, Elias é visto indo até a mesa onde a vítima estava sentada com amigos. Após poucos segundos de conversa, Elias saca a arma e atira no rapaz. Ele fugiu do local, mas foi preso em flagrante momentos depois.
Na decisão, o juiz afirmou que a prisão preventiva se faz necessária diante da “gravidade do crime”, uma vez que o policial tirou a vida da vítima a “sangue frio” sem chances de reação.
O magistrado ainda classificou a conduta de Elias como “reprovável do ponto de vista social e da civilidade”.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), à qual o Sepe é filiado, fez nota de protesto contra o crime, demarcando o fato de que o assassino é diretor de uma escola estadual militarizada: “Um tenente da Polícia Militar do Estado do Mato Grosso, diretor de uma escola estadual militarizada, mata a sangue frio, em um bar da cidade de Colniza, o jovem Claudemir Ribeiro, de apenas 26 anos. O futuro promissor do jovem, que em 2019 construiu sua própria aeronave com um motor de um Fusca, foi abreviado na noite do último domingo, dia 23, pelo embriagado Tenente da Polícia Militar, Elias Riberio da Silva que, por acaso, é diretor de uma escola estadual militarizada”.
A nota segue da seguinte forma: “É fundamental o afastamento e prisão imediatos desse tenente assassino. Nunca deveria estar em uma instituição de ensino, como sempre alertou amplos segmentos do movimento educacional brasileiro sobre essa onde crescente de militarização das escolas. Tampouco esse sujeito não pode ocupar nenhuma posição na Polícia Militar, uma força de segurança pública que deveria prezar pelo equilíbrio e bom senso de seus componentes”.
A nota da CNTE pode ser lida aqui.
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