14 de novembro de 2013

Informes à categoria

Companheiros Educadores,

Lembramos a todos que nossa luta ainda não acabou! Estamos em greve desde 09 de outubro e assim permaneceremos por culpa exclusiva do atual governo. Desde janeiro o SEPE vem solicitando informações essenciais relativas à folha de pagamento da educação, ao nosso PCCS, ao cumprimento da lei de 1/3, entre outras. O governo vem protelando sistematicamente a entrega dessas informações e, após uma reunião ocorrida em 16 de outubro, solicitou um prazo de 30 dias para realizá-la. Por este motivo é DE VITAL IMPORTÂNCIA a presença maciça da categoria na assembleia a ser realizada no dia 19 de outubro para analisarmos as propostas apresentadas pelo governo e traçarmos os rumos do movimento.

Atenção !!

Companheiros educadores que têm realizado a greve no município e que têm demonstrado forte preocupação com as aulas de reposição! Há algumas considerações de ordem política que devemos analisar:

1)    O motivo pelo qual os professores são a única categoria profissional que repõe os dias parados em movimento grevista, diz respeito ao profundo senso de responsabilidade quanto à formação de nossos alunos.
2)    Por esta razão não há justificativa plausível de caráter jurídico-trabalhista para qualquer cobrança de reposição por parte da SEMEC.
3)    Ademais, se levarmos em consideração o descumprimento da lei do piso no tocante à observância de reserva 1/3 da carga horária para atividades extraclasse, verificaremos facilmente que é o governo quem nos deve dias e não o contrário!

Face o exposto, conclamamos os companheiros a somente estabelecer calendário e formas de reposição após o término da greve e de forma coletiva, nunca individual.

Repudiamos a consulta feita à categoria a respeito de mudança para o calendário escolar de 2014 promovida pela SEMEC. Tal atitude revela, em vários aspectos, o caráter autoritário e oportunista da prefeitura diante dos educadores em Itaboraí. Sublinhamos principalmente dois desses aspectos:

1)    Não reconhecendo o legítimo direito de organização e greve dos profissionais da educação pública municipal já que grande parte destes, paralisados, não puderam participar do debate e decisão sobre o assunto.

2)    Não respeitando as férias da categoria, sabidamente os profissionais que mais sofrem com o desgaste de uma das atividades profissionais mais estressantes. Sabendo que tal desgaste se dá principalmente pela falta de estrutura nas escolas e de condições de trabalho, responsabilidade do governo municipal, é inaceitável e até imoral que o poder executivo divulgue propostas de redução do período de férias. Tudo isto para atender a interesses nebulosos ligados a grandes eventos esportivos, que em nada se conectam com os interesses de estudantes, responsáveis e profissionais da educação.

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