INFORME
SOBRE A AUDIÊNCIA COM O EXECUTIVO MUNICIPAL DE ITABORAÍ ACERCA DA
PAUTA DE REIVINDICAÇÕES DA GREVE DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DE
ITABORAÍ
Na última quarta-feira (16 de outubro) foi realizada audiência
entre representantes dos trabalhadores da Educação de Itaboraí e
membros do Executivo Municipal, estando presente, inclusive, o
Prefeito Helil Cardozo. O objetivo da reunião era discutir a pauta
de reivindicações dos profissionais da Educação Municipal de
Itaboraí.
Sobre a reivindicação de 1/3 da carga horária para atividades
extraclasse, o Governo afirmou
que existe a necessidade de adequação da infraestrutura das escolas
e de contratação de novos profissionais para poder implementar o
1/3 da carga horária para atividades extraclasse na Rede Municipal
de Educação de Itaboraí, o que está previsto da lei 11.738/2008.
Lembrando que na pauta apresentada pelos profissionais da Educação,
reivindicamos já para 2014 a aplicação, de acordo com a
referida lei, do 1/3 da carga horária para atividades extraclasse –
e isso segundo os Pareceres Nº 9/2012 e Nº 18/2012 do CNE/CEB
(Conselho Nacional de Educação/Comissão de Educação Básica).
O Governo comprometeu-se em entregar um cronograma de implantação
do 1/3 da carga horária para atividades extraclasse em até 30
dias.
Sobre a retribuição por
titulação, o Governo manteve o
que está exposto em sua primeira proposta de PCCS, sob a rubrica de
“gratificação”; ou seja, o governo propõe gratificação
cumulativa de 10%
para mestrado e 15%
para doutorado. A reivindicação
da categoria para este ponto é de 15 % para Pós-Graduação
lato sensu, 20% para
mestrado, 30% para doutorado – além de retribuição de 3% a cada
180 horas por ano de formação continuada, até o total de 30%.
Sobre a licença para
formação, o Governo propôs
que, para mestrado e doutorado,
a licença seja de até 180 dias.
Na pauta entregue ao Governo, neste ponto a categoria reivindica
licença integral para formação em pós-graduações,
mestrados, doutorados, etc.
Sobre os interstícios
entre as referências de vencimento,
o Governo manteve a proposta de 14% de interstício da
referência I à III e 8%
de interstício da referência III à IX.
Lembrando que atualmente o interstício já é
de 14% da referência I à III e de 6% da referência III à IX. A
reivindicação da categoria é de interstício de 20%
entre todas as referências de vencimento.
Sobre a eleição direta
pela Comunidade Escolar para os Cargos de Direção das Unidades
Escolares, o Governo
continuou a não se comprometer com este ponto – mesmo que isto não
implique me nenhum impacto no orçamento do município. Lembramos que
este ponto é uma das mais antigas reivindicações dos trabalhadores
da Educação de Itaboraí.
Sobre a inclusão de todos
os profissionais da Educação no PCCS (que
é a reivindicação da categoria), o Governo afirmou que pretende
incluir os profissionais da Educação que não estão presentes na
proposta de PCCS apresentada posteriormente à aprovação
deste Plano.
Sobre a questão do auxílio
transporte, o Governo afirmou
que estava operando um reformulação da legislação pertinente e
que nenhum desconto no auxílio foi efetuado até o momento; a
proposta do Governo é que se disponibilize o valor de um
“Bilhete Único”
para fora dos limites do município mais o valor da passagem para
dentro dos limites do município.
A reivindicação da categoria é que o auxílio
transporte cubra a totalidade dos custos de transporte dos
profissionais da Educação.
Sobre a devolução dos
descontos por conta das últimas paralisações (outras
das reivindicações apresentadas pelos profissionais da Educação e
sua pauta), o Governo afirmou que a simples apresentação
de um calendário de reposição já viabilizaria a devolução dos
descontos efetuados, portanto,
antes da realização das aulas de reposição agendadas.
Sobre a revindicação da categoria
de apresentação de um Plano de Obras, Recuperação e
Melhorias das Unidades Escolares,
tendo em vista a precária a situação de muitas escolas, o Governo
comprometeu-se em apresentar em 30 dias
um Plano de Obras – mencionando algumas escolas programadas para
passar por reformas. Além disso, afirmou-se que a E. M.
Genésio, E. M. Auto Rodrigues, Anexo da E. M. Antônio Carlos, E. M.
José Leandro e E. M. José Ferreira já estão passando por
reformas.
Sobre a realização de
concurso público para suprir a
carência de profissionais (atuais e futuras), o Governo afirmou que
está prevista a
realização de concursos nos próximos anos, sem apresentar
garantias de que de fato será realizado concurso público em 2014
para suprir as carências de profissionais da Educação das
diversas áreas – o que viabilizaria, inclusive, a implementação
do1/3 da carga horária em atividades extraclasse, como determina a
Lei 11.738/2008. A reivindicação da categoria é que se realize
já para 2014 novo concurso público – nas áreas em que necessário
for – para suprir as carências da rede.
Durante a audiência não foi
apresentado pelo Governo nenhum estudo orçamentário que apontasse
para a inviabilidade das reivindicações realizadas pela categoria.
Os representantes dos profissionais da Educação presentes na
audiência lembraram na ocasião que os recursos destinados à
Educação aumentaram cerca de 270% desde 2009. O Governo
comprometeu-se em apresentar estudo sobre os impactos
orçamentários das mudanças no PCCS em até 30 dias.
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