Logo após o voto da ministra Isabel Gallotti, relatora do chamado “Caso Ceperj” no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela condenação dos acusados, um pedido de vista do processo adiou o julgamento que poderia cassar de uma vez os mandatos do governador Cláudio Castro (PL), seu vice, Thiago Pampolha (MDB) e do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (UNIÃO BRASIL). Eles são acusados de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022, por utilização eleitoral de recursos do governo estadual destinados ao Centro de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos (Ceperj) na eleição que reelegeu Cláudio Castro.
Após o voto da desembargadora relatora, o ministro Antonio Carlos Ferreira pediu vistas e paralisou a análise do caso, que só deve ser retomada no início de 2026 e oferece uma sobrevida aos acusados. O julgamento ainda será retomado, mas sem previsão de data. Caso a maioria acompanhe a relatora, o governador, além de perder o mandato, ficará inelegível por oito anos, além de obrigatoriedade de convocação de novas eleições par ao governo estadual.
O Sepe lamenta o adiamento de uma decisão judicial, que pode dar fim ao desgoverno Cláudio Castro e às atrocidades cometidas por ele contra servidores e os serviços públicos no estado e, agora, com a matança ocorrida na semana passada nos Complexos do Alemão e da Penha, contra a população pobre e favelada. Há anos, Castro vem escapando das mãos da Justiça e de acusações diversas como mau uso e desvio de verbas da Fundação Leão XIII e os crimes eleitorais cometidos por ele e seus apoiadores no processo eleitoral de 2022.
O pedido de vista agora adia, mas não vai diminuir a nossa pressão e a luta dos demais servidores e da população fluminense pela condenação de Cláudio Castro por sua política de terra arrasada nos serviços públicos estaduais e pela escalada eleitoreira da violência policial em operações mal planejadas e que visam amealhar votos em troca do sangue da população pobre das favelas do estado do Rio de Janeiro.
Hoje (5) o movimento civil, entidades de defesa de direitos humanos, associações de favelas e sindicatos farão um ato no Palácio Guanabara, com concentração no Largo do Machado às 16h, seguida de passeata até a sede do governo estadual, para protestar contra a morte de 121 pessoas na operação policial dos Complexo da Penha e do Alemão e contra Cláudio Castro.
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