Companheiros Educadores,
Lembramos
a todos que nossa luta ainda não acabou! Estamos em greve desde 09 de
outubro e assim permaneceremos por culpa exclusiva do atual governo.
Desde janeiro o SEPE vem solicitando informações essenciais relativas à
folha de pagamento da educação, ao nosso PCCS, ao cumprimento da lei de
1/3, entre outras. O governo vem protelando sistematicamente a entrega
dessas informações e, após uma reunião ocorrida em 16 de outubro,
solicitou um prazo de 30 dias para realizá-la. Por este motivo é DE
VITAL IMPORTÂNCIA a presença maciça da categoria na assembleia a ser
realizada no dia 19 de outubro para analisarmos as propostas
apresentadas pelo governo e traçarmos os rumos do movimento.
Atenção !!
Companheiros
educadores que têm realizado a greve no município e que têm demonstrado
forte preocupação com as aulas de reposição! Há algumas considerações
de ordem política que devemos analisar:
1) O
motivo pelo qual os professores são a única categoria profissional que
repõe os dias parados em movimento grevista, diz respeito ao profundo
senso de responsabilidade quanto à formação de nossos alunos.
2) Por
esta razão não há justificativa plausível de caráter
jurídico-trabalhista para qualquer cobrança de reposição por parte da
SEMEC.
3) Ademais,
se levarmos em consideração o descumprimento da lei do piso no tocante à
observância de reserva 1/3 da carga horária para atividades
extraclasse, verificaremos facilmente que é o governo quem nos deve dias
e não o contrário!
Face
o exposto, conclamamos os companheiros a somente estabelecer calendário
e formas de reposição após o término da greve e de forma coletiva,
nunca individual.
Repudiamos
a consulta feita à categoria a respeito de mudança para o calendário
escolar de 2014 promovida pela SEMEC. Tal atitude revela, em vários
aspectos, o caráter autoritário e oportunista da prefeitura diante dos
educadores em Itaboraí. Sublinhamos principalmente dois desses aspectos:
1) Não
reconhecendo o legítimo direito de organização e greve dos
profissionais da educação pública municipal já que grande parte destes,
paralisados, não puderam participar do debate e decisão sobre o assunto.
2) Não
respeitando as férias da categoria, sabidamente os profissionais que
mais sofrem com o desgaste de uma das atividades profissionais mais
estressantes. Sabendo que tal desgaste se dá principalmente pela falta
de estrutura nas escolas e de condições de trabalho, responsabilidade do
governo municipal, é inaceitável e até imoral que o poder executivo
divulgue propostas de redução do período de férias. Tudo isto para
atender a interesses nebulosos ligados a grandes eventos esportivos, que
em nada se conectam com os interesses de estudantes, responsáveis e
profissionais da educação.
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