| REDE ESTADUAL: ano novo... velhos problemas Mal voltamos de nossas merecidas férias e precisamos nos preparar, pois já no final do ano o governador Cabral e seu secretário Risolia fizeram uma série de maldades para a educação: lançaram o programa “Certificação” dos professores, querem impor a presença de fiscais do Banco Mundial em salas de aula; o governo “esqueceu” de colocar verbas no orçamento do Estado para um reajuste salarial da educação; Cabral/Risolia fecharam escolas; a municipalização das escolas continua avançando; e, por fim, ocorreu agora a remoção compulsória dos funcionários administrativos. Isso sem falar no pagamento errado do nosso 13º e de nossas férias. 2013: ano de mobilização! Como podem ver, as boas vindas a todos os profissionais de educação da parte do nosso sindicato, o Sepe, não pode ser diferente: desejamos que em 2013 façamos muitas mobilizações, muitas lutas contra todos os ataques da dupla Cabral/Risolia. Pois só assim teremos condições de garantir nossos direitos! O Sepe nasceu em 1979, lutando contra a ditadura militar. Temos orgulho da nossa história, de nunca nos vendermos a nenhum governo ou partido. Até hoje estamos na linha de frente em defesa da educação pública de qualidade. Plano de metas: privatização da educação e responsabilização dos educadores. A rede estadual de educação do Rio de Janeiro vem sofrendo com o Plano de metas da Secretaria Estadual de Educação (SEEDUC), com a política de responsabilização dos profissionais pelo fracasse escolar e gerenciamento da rede. A gestão da SEEDUC é pautada pela meritocracia e pela busca de resultados a qualquer custo; mesmo que para isto o governo tenha que retirar direitos da categoria e promover um processo de privatização. Desta forma, alertamos aos que acabaram de assumir suas matrículas nas escolas para aquilo que os mais “antigos” já aprenderam na prática: só a luta muda a vida! O que é o plano de metas de Risolia Este Plano se baseia numa política de metas e que tem como objetivo garantir, à força, a melhoria da rede no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do governo federal. Para tal, determina gratificações e bônus para aqueles que atingirem as metas pré-estabelecidas pela SEEDUC. Como se escola fosse fábrica, aluno produto e educação mercadoria! | Como estratégia para melhorar índices, a Secretaria lançou uma série de projetos ao longo de 2012, como o Autonomia, a certificação e outras medidas que prejudicam os estudantes e os profissionais. Sem falar no novo programa Escola de Jovens e Adultos (EJA), que representa mais um ataque frontal à educação estadual tudo em nome da famigerada política de correção de fluxo e melhora do IDEB. Cancelamento das férias dos funcionários administrativos: autoritarismo e desrespeito com os educadores! Outro exemplo de como o governo do estado ataca a categoria: sem uma justificativa plausível e sem qualquer documento que fundamente sua atitude, o governo do Estado, cancelou as férias dos servidores administrativos das escolar estaduais e os obrigou a irem para outra escola. Por não haver concurso há 20 anos, esses servidores, em sua maioria serventes, exercem todas as funções necessárias à escola: inspetores de alunos, coordenadores de turnos, auxiliares de secretaria, bibliotecário, cozinheiros, vigias, porteiros, recepção etc. Alguns praticamente moram na escola, outros acumulam tarefas de manutenção das escolas, chamadas de “pequenos reparos”. São funcionários de carreira, concursados e estatutários há dezenas de anos; alguns prestes a se aposentar. É o desmonte da escola e é o desmonte da vida pessoal desses servidores, que recebem pouco mais que o salário mínimo. 5,85% de reajuste: proposta ruim para desmobilizar! Agora, no início de 2013, Risolia faz outra piada de mau gosto: depois de mais um ano sem reajuste, anuncia, na imprensa, que vai enviar uma proposta de reajuste de 5,85% para toda a rede estadual. Veja nas tabelas quanto representa esse reajuste: o piso do professor passa dos atuais e miseráveis R$1.001,00 para R$1.060,00 – um “aumento” de R$59,00. A proposta do secretário parece muito mais uma tentativa de desmobilização da luta da rede estadual para 2013. Vamos lutar em defesa dos nossos direitos, como os triênios ameaçados pelo governo, reajuste salarial digno e pelo fim da política educacional. Se a política de Cabral não mudar as escolas vão parar! Nossa assembleia geral no dia 21 de março é fundamental para que possamos traçar uma estratégia de luta para o ano de 2013. Aproveitamos para convidar você, profissional de educação da rede estadual, caso não seja filiado, a se filiar ao Sepe – em todos os atos públicos e assembleias o sindicato mantém uma mesa de filiação aos interessados, que também podem procurar nossas sedes (veja o melhor local para você em nosso site: www.seperj.or.br). |
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