Repetição do ano de 2015. É assim que os profissionais da educação da cidade de Itaboraí enxergam o desenrolar do ano de 2016, que já parece tão tenebroso quanto foi o ano passado. Os problemas enfrentados por professores, funcionários de apoio, pais e alunos são inúmeros, diríamos incontáveis.
Aos docentes falta de tudo, até a simples recarga para os pilotos de uso diário. Por outro lado, os mestres da rede ainda enfrentam o profundo desrespeito da Prefeitura que insiste em negar, pelo segundo ano consecutivo, qualquer percentual de reajuste salarial, e ignora, descaradamente, a aplicação da lei do terço reservado ao planejamento de atividades extraclasse. Promessas recentes não faltaram, inclusive durante o último período eleitoral, as quais estão devidamente registradas em vídeo. Palavras ao vento de um prefeito ansioso pelo poder.
Aos profissionais de apoio, muitos deles contratados por meio de acordos obscuros e completamente condenáveis perante as leis trabalhistas, falta principalmente o meio de sobrevivência de qualquer trabalhador: o salário. Longos meses de espera pela merecida remuneração, enfrentando o descaso de cooperativas locais e chegando ao ponto de receber apenas parte de seu salário. As consequências? Tais profissionais se afundando em dívidas para se manterem presentes nas escolas, grande carga de estresse, abandono de seus postos de trabalho, entre outras. Oriundos em maioria das classes mais humildes, estes trabalhadores certamente sofrem algo impensável em seu expediente.
Por fim, não podemos nos esquecer dos pais e alunos que tem sofrido os efeitos perversos da administração atual. Talvez seja difícil imaginar, mas é importante listar que aqueles que deveriam ser tratados com prioridade, quando adentram as escolas da cidade de Itaboraí, encontram salas de aula superlotadas e sem ventiladores, constante falta de água e merenda, insegurança nas unidades devido à falta de profissionais de apoio, professores superexplorados, precários serviços na parte pedagógica e até dificuldade de acesso às unidades. É exemplar o caso de uma escola da rede municipal, que tem como seu principal acesso o canal por onde passa o esgoto do bairro. Seria um indício do valor que a Prefeitura atribui à educação dos jovens e adultos da cidade?
Enfim, por meio desta pretende-se responder às constantes propagandas veiculadas pela administração atual, que insiste em apontar a crise como justificativa para a profunda desvalorização que vem impondo à área da educação nos últimos anos. Os dados recentes não mentem e mostram cabalmente que não houve governo que tenha arrecadado tanto quanto a prefeitura atual e que o descaso com a educação é uma opção dos nossos governantes. Ou seja, apesar da crise e do terrorismo que a Prefeitura difunde, temos claro que a valorização da educação e de seus profissionais é mais do que necessária, ela é possível. Os educadores da rede municipal estão lutando por uma escola pública melhor, e esta é uma luta de todos os cidadãos. Participe!Quem não se movimenta não sente as correntes que o prendem.
VAMOS À LUTA!
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