TRABALHO SEMI-ESCRAVO NA EDUCAÇÃO DE
ITABORAÍ!
O título parece exagerado, mas como definir a rotina
dos trabalhadores terceirizados em Itaboraí? Dois meses de salários (que já são
baixos) atrasados e pressão constante para silenciar. Os porteiros das escolas
receberam aviso prévio. Enquanto as empresas terceirizadoras Lapa, Força União
e Masan não pagam, o prefeito
Helil Cardoso silencia. O prefeito e os empresários amigos dificilmente estão
passando pelas situações descritas a seguir.
TRABALHANDO SEM SALÁRIO, COM DÍVIDAS ACUMULADAS E SOB PRESSÃO!
Em nossas visitas
às escolas municipais foram vários os relatos dramáticos dos trabalhadores sem
salário. Falta dinheiro para comprar remédios para doenças crônicas, falta
comida em casa, falta dinheiro para passagem (para o trabalho na escola!).
Falta tudo! Sobram dívidas, angústia, desespero! Resta a solidariedade da
comunidade escolar de algumas escolas que ajuda como pode. Além de tudo, a
repressão surda, a pressão para aguentar calado. É assim que o prefeito de
Itaboraí trata os trabalhadores terceirizados. A terceirização é isso, perda de
direitos e garantias trabalhistas e chantagem permanente.
SEGUINDO O EXEMPLO DOS “ESCRAVOCRATAS” DO CONGRESSO.
O presidente da Câmara de deputados, Eduardo Cunha,
é do mesmo partido que o prefeito Helil Cardozo, o PMDB. Eduardo Cunha escolheu
colocar em pauta o Projeto de Lei 4330, a lei da terceirização, um ataque
direto aos trabalhadores. Um
trabalhador terceirizado trabalha em média três horas a mais (essa medida fecha
postos de trabalho) e ganha 30% menos. A terceirização também prejudica a
sindicalização de trabalhadores, bloqueia o acesso a direitos trabalhistas e
aumenta o número de mortes e acidentes no trabalho porque a rigidez da
fiscalização também é menor por empresas subcontratadas.
Obs: Estamos elaborando um cartaz com os nomes e
partidos dos deputados que votaram a favor da terceirização, conforme decisão
da última assembleia dos profissionais da educação de Itaboraí. A lei foi
aprovada na câmara e seguiu para o senado.
A ATITUDE DO GOVERNO DE
ITABORAÍ É ANTIÉTICA E DESUMANA. A CRISE NÃO É FINANCEIRA, É MORAL!
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