17 de janeiro de 2013

MANIFESTO CARNAVALESCO.

  por Paulo Cezar de Andrade

 

De repente um decreto do prefeito transformou nossas vidas. O direito ao vale-transporte foi suspenso! Loucura! Loucura! Loucura, até mesmo para a socialite e rainha do exibicionismo nacional; Narcisa Claudia Saldanha Tamborindeguy.

E agora o que fazer ? Uns gritam pelo Ministério Público como se este fosse o Tribunal da Santa Inquisição, outros , aos quais me incluo, dizem que foi uma medida antipática; ainda contamos com aqueles que já se decepcionaram e cogitam a ideia de pedir permuta. Mas o que me chama a atenção é o silêncio da grande maioria.

É o famoso bloco carnavalesco do Unidos do Em cima Muro. Eles ficam a sambar equilibrando-se com suas sobrinhas de frevo sobre a tênue linha do descompromentimento. De vez quando soltam um serpentina para o lado de cá mas logo depois jogam confetes no prefeito, numa atitude tipicamente de quem segue o gordão dos bolas murchas... Ora cantam que "neste palco iluminado só da lalau" para logo depois engrenarem na marchinha getulista: "Bota o retrato do velho outra vez, pode no mesmo lugar, o sorriso do velhinho faz a gente trabalhar..."

Diante de tantas manifestações de neutralidade dúbia se faz necessário uma pergunta bem carnavalesca: "Que apito este pessoal toca?"
Enquanto o Sepe constrói alegorias marxistas e eu proponho enredos sobre a compaixão, boa parte da rapaziada fica de olho no patrocínio: "Quanto eu vou levar nesta?" São os que vestem a fantasia da invisibilidade, do eu não me envolvo com política, e ainda existem aquelas que só rodam a baiana na concentração, quando o assunto é rodar a baiana na frente dos jurados, intimidam-se, e perdemos pontos importantes na harmonia.

Outros ficam batucando protestos virtuais, mas na hora do vamos ver e botar o bloco na rua, lembram que sua religião não permite segurar o ritmo de um desfile por seus direitos...

O que impede a vitória é nosso espírito de segundo grupo. Não acreditamos que se os professores botarem pra quebrar não tem coreto que se sustente... Mas tememos a alegria. Estamos satisfeitos com uma subvenção que não torna possível nossos sonhos... Nos deliciamos em apenas ver a banda passar, em assistir o corso e o desfile das grandes sociedades. Não nos permitimos a alegria da conquista.

Quando é que vamos entender que nós, professores, somos os empurradores das alegorias... Nada, absolutamente nada, vai adiante se nós não assumirmos o nosso estandarte.

Ao pessoal da velha guarda, nosso respeito, mas sem vocês não há como
desfilar...

Chega de ensaios na quadra, basta de vestir as fantasias confeccionadas com papel crepom dada no ultimo momento para que o Municipio tenha o que mostrar nos jornais.

Como dizia Joãosinho Trinta: o povo gosta de luxo! E salário digno não é luxo, é uma necessidade... Primeiro exijamos nossas necessidades e depois busquemos o luxo, pois dinheiro existe.

Cansamos de empurrar alegorias, agora chegou a nossa vez de sermos destaque...

Vamos, chamem Lelê, chamem Lalá... Peguem no ganzê, peguem no ganzá e façamos a primeira revolução carnavalizante neste municipio.

Professores de Itaboraí inteira, peguem seus apitos, pois chegou a hora de derrubarmos o cordão de isolamento , pois como já dizia o poeta: "Quem sabe faz a hora não espera acontecer...."

15 de janeiro de 2013

Sobre a revogação do auxílio- transporte e das gratificações!

Por Secretaria de Imprensa- SEPE-ITA


Ficamos, como grande parte dos funcionários, sabendo hoje do corte que o Poder Executivo Municipal fez com relação as gratificações que abonavam os profissionais do município e, em especial, os profissionais da educação.
De antemão, criticamos toda arbitrariedade contida na ação que, tomada à revelia de todo o funcionalismo, ainda põe em xeque a credibilidade de muitos profissionais que, necessitando destes abonos, terão motivação a menos a se conduzirem ao seu local de trabalho, pois alijados de seu auxilio transporte e de sua gratificação de difícil e dificílimo acesso, havendo ainda os baixíssimos rendimentos, levando a estes profissionais a certeza de que nem mesmo sua ação apaixonada e cotidiana pode fazer frente com tamanho descaso.
Ainda, "suspeitam", sutilmente, da boa- fé dos profissionais, punindo a todos pelos desvios de alguns que, houvesse uma gestão eficaz, poderiam ser facilmente descobertos pela própria estrutura administrativa. Mas a obscuridade de outras gestões, não permitiram, outras gestões que além de obscuras foram marcadas também pelos atos autoritários, como este que enfrentamos agora. utro traço de extremo autoritarismo é realizar este contundente golpe ao trabalhador da educação, justo no momento que ele se encontra de férias.
De toda maneira, e como tudo, este episódio terá sua devida resposta. E se depender dos profissionais da educação, será uma resposta com outras vitórias. Pois tem tempo que a educação municipal sofre sufocada, clamando por gritos de justiça, dignidade e valorização. Contudo, o que recebemos é o reverso. Do luto, iremos à luta!


Pelo pleno restabelecimento do auxilio transporte e das gratificações de difícil e dificílimo acesso, antes do início das aulas!!!


É o que reivindicamos ao poder Municipal.

Nada mais do que o justo.


O SEPE SOMOS NÓS, NOSSA FORÇA É NOSSA VOZ!

11 de janeiro de 2013

MEC anuncia reajuste de 7,97% do piso salarial de professores

Antes da matéria, um comentário, sobre Itaboraí

Este reajuste- federal- foi pensado de acordo com o percentual de aumento do FUNDEB. Se no Município de Itaboraí este mesmo raciocínio fosse seguido, o profissional da educação municipal já começaria 2013 com um aumento de 15% que diminuiria- um pouquinho- sua desvalorização profissional.
isto porque o município em 2012 arrecadou, somente com o FUNDEB, R$ 73.646.621,80 e a previsão de arrecadação em 2013 é de R$ 84.631.200,00.
Importante ressaltar que estamos falando somente das verbas do FUNDEB e não do Orçamento Municipal do qual- pela infeliz prática das gestões que se sucederam em Itaboraí- nunca conseguimos obter informação a não ser através do Tribunal de Contas, ou seja, um ano depois que as contas foram realizadas.
Se ainda somarmos a este percentual de 15% o percentual da inflação medida pelo IBGE-INPC em 2012 (5,8%) teremos um percentual final de cerca de 20% em 2013.
Este é o mínimo que os profissionais da educação irão reivindicar do Poder Municipal e averiguar se resultará em ações concretas as palavras do novo representante do poder executivo que diz que valoriza e respeita os servidores da sua prefeitura.

Do G1, em Brasília

 

Piso para docentes do ensino básico passa de R$ 1.451 para R$ 1.567.
Aumento tem como base percentual do aumento do Fundeb.

Nathalia Passarinho

Alunos em sala de aula (Foto: TV Globo/Reprodução)Professor em aula (Foto: TV Globo/Reprodução)

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou nesta quinta-feira (10) reajuste de 7,97268% do piso salarial de professores do ensino básico da rede pública brasileira, que abrange educação infantil e nível médio. Com o aumento, o piso salarial para os professores passa de R$ 1.451 para R$ 1.567.

O aumento é concedido com base no percentual de aumento, de 2011 a 2012, do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).

Veja a evolução do piso salarial dos professores nos últimos anos

2010
R$ 1.024,67

2011
R$ 1.187,08

2012
R$ 1.451,00

2013
R$ 1.567,00

No ano passado, o reajuste do piso salarial dos professores de educação básica e que cumprem 40 horas semanais foi de 22,22%. Portanto, o reajuste deste ano representa quase um terço do aumento ocorrido em 2012.

“Dessa vez, [a correção] não tem o mesmo impacto que a correção do ano passado, mas é um reajuste acima da inflação. O problema é que nós partimos de um patamar muito baixo de salário. R$ 1.567 é pouco mais que dois salários mínimos”, afirmou.

O ministro disse que os estados e municípios precisam respeitar reajuste do piso salarial, ainda que tenham perdido receitas devido à desaceleração da economia brasileira. A correção deve ser aplicada já nos pagamentos salariais relativos a janeiro.

“Houve uma desaceleração da economia, uma queda de receitas, mas a lei é essa, e a lei está embasada num caminho de recuperação do piso para permitir que a educação brasileira dê um salto de qualidade”, disse.

Para o ministro, o aumento de R$ 14,2 bilhões, em 2013, dos repasses da União aos estados e municípios através do Fundeb pode ajudar a pagar o reajuste salarial de 7,97%. Em 2012, o Fundeb foi de R$ 102,6 bilhões. Em 2013, os repasses somarão R$ 116,8 bilhões, de acordo com Mercadante.

Impacto
O ministro afirmou que, segundo associações de estados e municípios, o impacto do piso de R$ 1.567 será de R$ R$ 2,1 bilhões aos cofres dos governos estaduais e prefeituras. Segundo o ministro a expectativa é de que em 2014 o reajuste do piso seja superior ao deste ano.

“O reajuste está vinculado ao desempenho econômico. Sempre é assim. À medida que a economia cresce, o reajuste cresce mais. O MEC continua empenhado em solução pactuada [com estados e municípios] porque no ano que vem o reajuste deve ser ainda maior”, afirmou.

Em 2012, estados e municípios criticaram o reajuste de 22,22%. De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios, o aumento custou cerca de R$ 7 bilhões, entre gastos com o salário de docentes, com a contratação de novos professores e com o reajuste na pensão dos professores aposentados.

Entenda como é feito o cálculo
Desde 2009, por lei, o reajuste do piso salarial é feito anualmente em janeiro seguindo como  indicador o Fundeb. O fundo reúne recursos provenientes de tributos e da complementação da União, que são repassados aos governos municipais e estaduais.

Durante o ano vigente, o valor mínimo anual investido pelo fundo por aluno da educação básica é calculado com base em estimativas de arrecadação. A variação desse valor impacta na variação do salário dos professores.

Para o ano de 2012, a estimativa do custo por aluno era de R$ 2.096,68, o que representaria um aumento de 21,2% em relação ao valor final de 2011 (R$ 1.729,28). Assim, o reajuste estimado do piso salarial era maior do que o que de fato aconteceu.

Porém, em 28 de dezembro de 2012, o governo revisou o valor para baixo (R$ 1.867,15) porque as estimativas de receita não se concretizaram. A variação do valor por aluno entre 2011 e 2012, então, foi de 7,97%.

10 de janeiro de 2013

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