Seminário Internacional Comemorativo dos 120 anos de Nascimento de Antonio Gramsci – UniRio, 23-24 de agosto de 2011
Apresentação
São inúmeras e freqüentes as análises e alusões que Antonio Gramsci (1891-1937) faz em relação à História ao longo dos Cadernos do Cárcere. Elas referem-se tanto à História, no sentido de processo vivido pela Humanidade, como no sentido de atividade intelectual que visa o conhecimento desse mesmo processo. Conhecimento que, além de seu valor inerente, próprio à atividade do historiador, do filósofo e do cientista social, tem uma dimensão política, transformadora, ao menos em parte, da própria História. Foi nessa dimensão que o revolucionário italiano empenhou toda sua vida. Para Gramsci, conhecer a História era passo essencial para transformar a História, não como mero ato de vontade do grande líder político ou de genialidades individuais, mas como processo protagonizado e produzido pelas grandes massas de homens e mulheres, a partir de condições dadas, objetivas.
Realização
UNIRIO, Programa de Pós-graduação em História, Grupo Gramsci e a Modernidade, MAST e PUC-Rio.
Local
Auditório Paulo Freire – Av. Pasteur, 458 – UNIRIO
Apoio
FAPERJ, Instituto de Cultura Italiana, Editora Civilização Brasileira.
Programação
Dia 23
10-10:30h: Abertura
10:30-11:30h: Conferência de Abertura:
Carlos Nelson Coutinho (UFRJ)
14-17:00h: Mesa 2: Teoria e Política
Fabio Frosini (Università di Urbino – Itália)
Tra superamento del parlamentarismo e lotte sociali: la funzione del diritto e le dinamiche del potere nell’analisi gramsciana del fascismo e del comunismo sovietico (Entre a superação do parlamentarismo e as lutas sociais: a função do direito e as dinâmicas do poder na análise gramsciana do fascismo e do comunismo soviético).
Giovanni Semeraro (UFF)
Ana Garcia (PUC-Rio)
Lea Durante (Università di Bari – Itália)
Le donne come questione nel pensiero di Gramsci (As mulheres como questão no pensamento de Gramsci).
Dia 24
9-12h: Mesa 3: Teoria e História
Guido Liguori (Università della Calabria – Itália)
Gramsci e la “storia delle classi subalterne” (Gramsci e a “história das classes subalternas”).
Ricardo Salles (UNIRIO)
Gramsci para historiadores.
Pedro Marinho (MAST)
A História encontra Gramsci: notas para um diálogo sobre o conceito de Estado integral
Alvaro Bianchi (UNICAMP)
14-17:00h: Mesa 4: Caminhos do Futuro: Globalização e Transformação Social
Leonardo Ramos (PUC-Minas)
O papel das elites transnacionais na reforma da ordem econômica global: O caso do G20
Cunca Bocayuva (PUC-Rio)
Hegemonia e Cibernética
Adam David Morton (Universty of Nottinghan – Inglaterra)
Travelling with Gramsci: The Spatiality of Passive Revolution
Massimo Sciarretta (UNIRIO)
O pensamento de Gramsci e a Teologia da Libertação: diálogos para a construção de um “outro mundo possível”
17:30-18:30h: Conferência Final:
Alberto Burgio (Università di Bologna – Itália)
Critica e crisi della modernità. Note sul Gramsci storico della società borghese (Crítica e crise da modernidade. Anotações sobre o Gramsci historiador da sociedade burguesa).
Inscrições para ouvintes
Enviar, até o dia 18/08, nome completo, instituição e comprovante de depósito da taxa de inscrição (R$ 20,00) para o email: contato@gramscieamodernidade.org. O ENVIO DO COMPROVANTE DE DEPÓSITO É IMPRESCINDÍVEL.
Dados para o pagamento:
Banco do Brasil
Agência 3086-4
Conta poupança: 18.815-8 variação 01
Carla Silva do Nascimento
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O Grupo Gramsci e a Modernidade foi formado no primeiro semestre de 2009 por pessoas interessadas em discutir a obra de Gramsci, entendida como uma vigorosa reflexão sobre as origens, os impasses e as perspectivas da Modernidade. O grupo é Abertoe realiza suas atividades de estudo e debate no espaço da Universidade,vinculado ao Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UniRio.
Gramsci: pela valorização e curiosidade em relação a seu pensamento marxista, democrático e socialista. Do cárcere fascista, Gramsci refletiu de forma ampla e realista sobre seu tempo, a história e as possibilidades de futuro. A similitude entre as circunstâncias de sua reflexão e os dilemas de nosso tempo, marcado pela banalização da indiferença mórbida pela humanidade, apontam para a atualidade e as potencialidades do empreendimento gramsciano, sintetizado na máxima: “pessimismo da inteligência, e otimismo da vontade”.
Modernidade: porque a partir dessa época a Humanidade se torna historicamente única, diversa e consciente de seu destino comum; pelo entendimento da História como um processo evolutivo aberto, complexo, coletivo, abrangente, conflitivo, protagonizado por homens e mulheres a partir das relações sociais em que se encontram, estabelecidas entre si e com a Natureza.
Aberto: pela origem diversa de seus integrantes, tanto em termos de crenças e valores políticos e ideológicos, quanto em termos de suas distintas filiações profissionais e institucionais.
Na Universidade: por entender seu sentido público e plural, bem como seu compromisso com o futuro, com a promoção dos debates de interesse coletivo e que façam avançar o conhecimento
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